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Impressão 3D aproxima a magia da literatura às crianças com deficiência visual


A pós-graduanda Abigail Stangl (direita), estudante da Universidade do Colorado e voluntária no Centro Anchor para Crianças Cegas em Denver, mostra a Isabella Chinkes e sua mãe, Linda, uma versão 3D de "Goodnight Moon".

A Universidade do Colorado, nos EUA, realiza um projeto para impressão em 3D de livros infantis. Chamado de Livros de Imagens Táteis, o projeto é destinado a produção de livros em 3D para crianças com deficiência visual. Segundo o professor Tom Yeh, do Centro de Informática e Impressão em 3D da universidade do Colorado, a ideia não é uma novidade. "O que é novo é fazer a impressão 3D mais acessível e interativa para que os pais e professores de crianças com deficiência visual possam personalizar e imprimir esses tipos de livros de imagens em 3D", disse ele.

Para compreender melhor as necessidades específicas dos deficientes visuais, o professor realizou uma parceria com o Centro de Educação para Crianças Cegas, uma pré escola em Denver. O primeiro livro impresso foi “Goodnight Moon”, da autora americana Margaret Wise Brown. O livro foi escolhido pela sua popularidade. Nos Estados Unidos já foram vendidas mais de 40 milhões de cópias. A história de um coelhinho desejando boa noite de sua cama, para todos os objetos do quarto, tem tradução em português com o título de “Boa Noite, Lua”.

Por meio da impressão em 3D, as crianças podem sentir o coelhinho, por exemplo. O diferencial do projeto é a forma de desenvolver os gráficos em 2d e 3d. Foi utilizado o Design Generativo para criar cada gráfico. Os alunos uniram as informações sobre capacidade cognitivas e interesses das crianças e transformaram em algoritmos computacionais. Dessa forma forneceram uma interface que permite não só aos pesquisadores, mas aos pais e professores imprimirem seus próprios livros. E esse é o maior desafio, segundo Yeh. Essa interface ainda precisa de desenvolvimento para chegar num modelo que permite que as imagens táteis sejam produzidas a partir de uma foto da página de um livro escolhido de acordo com o interesse da criança. A ideia é que o pai possa comprar o livro impresso, levar para casa, fotografar e, por meio de um software, imprimi-lo em sua própria impressora 3D.

Esse projeto é fruto de um desafio que o professor Tom Yeh fez aos seus alunos: desenvolver formas de computadores interagirem com seres humanos de forma mais natural.

Imagem: www.3ders.org


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